O título “Antípodas – Diverso e Reverso” por si só já faz uma síntese desta Bienal. Trata-se de uma homenagem a China, país situado diametralmente em oposição ao Brasil. A diversidade cultural dos dois países é o ponto alto do conjunto de exposições, que toma dezenas de espaços na capital paranaense.
O criador do conceito é um dos curadores da mostra, o crítico e pesquisador paraguaio Tício Escobar, que tem atuação também no Chile e Espanha. Quem visitar esta Bienal verá um panorama do que mais expressivo se faz hoje em arte contemporânea no mundo, com a contribuição de 42 países dos cinco continentes.
Em destaque, está a mais importante exposição de arte chinesa já realizada fora da China.
Confira os locais com exposições da Bienal: Museu Oscar Niemeyer, Museu Municipal de Artes, Memorial de Curitiba, Museu da Fotografia, Memorial de Curitiba, Museu Paranaense, Museu Alfredo Andersen e Museu de Arte Indígena.
Haverá também ações culturais no Hall da Secretaria de Estado da Cultura, SESC Paço da Liberdade, Biblioteca Pública do Paraná, Galeria InterARTividade/Pátio Batel, Galeria da Associação de Artistas Plásticos do Paraná, Ordem dos Advogados do Brasil – Paraná, Palacete dos Leões – BRDE, Solar do Barão e Ateliê de Escultura do Centro de Criatividade de Curitiba - no Parque São Lourenço.
Mais de 50 outros espaços da cidade também serão ocupados em atividades a partir de novembro de 2017. A Bienal possui ramificações em Florianópolis (SC), Buenos Aires e Mar del Plata, na Argentina, e em Assunção, no Paraguai. E por fim, haverá uma programação itinerante que levará atividades da Bienal a outras 12 cidades brasileiras.
Os cinco elementos, a simbologia tradicional chinesa e as cores marcam trabalho de Stevens Vaughn
O trabalho compõe a mostra "Antítese Imagens Síntese" e tem curadoria de Massimo Scaringella. No centro da sala, um imenso trono dourado aguarda o espectador. Estrategicamente instalado para ser apreciado, tocado e utilizado pelo visitante.
O artista é Stevens Vaughn, pintor ritualista que trabalha com água e pigmentos para revelar o que chama de linguagem da água. Influenciado pelos estudos de filosofia japonesa e chinesa, ele desenvolveu uma técnica “respingando” água (elemento primordial) e pigmentos coloridos para criar formas e movimento. Cada obra é produzida seguindo um ritual performático.
Suas obras já foram apresentadas na Bienal de Veneza, na Itália, e na Bienal do Fim do Mundo, na Argentina e no Chile. Suas exposições individuais mais recentes incluem O corante que flui, Pavilion of Fine Arts, Buenos Aires 2017; The Rebirth of Color, National Gallery, Sofia 2016.
Espaços e curadorias
Vários espaços do Museu Oscar Niemeyer apresentam exposições da Bienal. No grande Salão do Olho e no Espaço Araucária, estão obras de 36 artistas chineses, além da área externa do museu. Já o térreo da Torre do MON terá a CAFAM Biennial (Central Academy of Fine Arts Museum) de Pequim, e o primeiro andar da Torre do museu expõe Shanghai Biennale, que trazem conteúdo sobre as Bienais Chinesas, com vídeos e outros materiais de divulgação contando o histórico de edições e explicando o que são ambos os eventos.
O Museu fica na Rua Marechal Hermes, 999. Está aberto de terça a domingo, das 10h às 18h. As obras da Bienal ficam em cartaz até 25 de fevereiro de 2018.
(FOTOS: Gilson Camargo)