Evento que integra a programação do Festival de Curitiba, aberto e sem curadoria, o Fringe atrai companhias profissionais voluntárias do Brasil e do exterior. É conhecido como um espaço democrático e acessível das artes cênicas, repleto de diversidade e tendências do teatro.
Foto de capa: "Putz a menina que buscava o sol". DanielStahsefski
Dentre as apostas estão espetáculos da Mostra Apamonama, no Teatro Paiol, que tem em seu nome o termo em Tupi-Guarani que significa “mistura”. O coletivo de espetáculos reúne três novas bandas autorais de Curitiba e região, propondo um outro olhar para a música plural produzida na capital paranaense.
Ainda para quem quer atrações que contenham apresentações com música, a Mostra Cambutadefedapada, no Teatro Novelas Curitibanas, comemora os 12 anos do grupo e celebra o momento com a estreia da peça “Cobaias”, bem como produções de cinco convidados, que reúne teatro, música, dança e bate-papo.
Seguindo a mesma linha, a Selva – Mostra de Artes Degeneradas, organizada pelos artistas da Casa Selvática, também reúne na TUC (Teatro Universitário de Curitiba), várias vertentes culturais e busca ressignificar tudo aquilo que foi ou é considerado degenerado socialmente. O Fringe também promove o intercâmbio e a democratização do acesso à cena teatral estudantil e de pesquisa, com a segunda edição da Mostra Universitária, no TEUNI, que reúne criações de grupos teatrais de universidades do Brasil e de outros países.
A Mostra de Patinação, idealizada pela Escola Footwork, apresenta as tendências artísticas sobre patins e Disco Roller, e a seleção da Ceca Guido Viaro (Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro), instituição pública de ensino que trabalha com atividades formativas no bairro Capão Raso são estreias no Fringe 2019.
Já na Região Metropolitana de Curitiba, mais precisamente na cidade de Araucária, a Mostra Casa Eliseu Voronkoff vai possibilitar aos moradores o acesso a produções artísticas diversas, com teatro, cinema e oficinas, além do Teatro de Formas Animadas.
Entre as atrações internacionais no Fringe 2019, estão companhias da Argentina, Chile, Equador, Uruguai e Portugal, com uma média de 32 apresentações, tanto pagas (com diferentes valores), como no sistema Pague Quanto Vale e também gratuitas. Com destaque para a produção infantil gratuita “Locas Margaritas no Cena Criança”, da cidade de Mendonza, na Argentina, que ocorrerá no Sesi Portão, em que conta a história de um cão que tem uma margarida florescida em sua cauda; e o teatro em miniatura, em apresentação de rua, no sistema Pague Quanto Vale, da mostra “Ruby Box Teatro a La Carta”, de Santiago do Chile, que convida a plateia para uma viagem de pequenas poesias sobre maletas, com apresentações programadas para espaços como o Relógio da Rua XV, Ruínas de São Francisco e no C`adore Comida Descomplicada.
Apresentações gratuitas e o sistema “Pague Quanto Vale” – Aproximadamente 100 espetáculos do Fringe serão apresentados de forma gratuita, totalizando mais de 395 apresentações para a população, em uma ampla variedade de gêneros, classificação, locais e origens. Já no sistema “Pegue Quanto Vale”, a plateia disponibiliza após a apresentação o valor que acha pertinente. Serão quase 50 peças neste sistema e 200 apresentações, que transmitem a democracia da arte em uma extensa possibilidade de oportunidades para todo o tipo de público.
Cena de "É tudo família", por Giovana Delmasso
Para a coordenadora do Fringe 2019, a produtora Carol Scabora, esta edição continua contando com uma gama de espetáculos e oportunidades para o público, além de promover a ocupação dos espaços culturais da cidade. “Durante todo o período do Festival de Curitiba não tem como o público curitibano não ser impactado pelo teatro. Neste ano, as peças do Fringe estarão espalhadas por vários bairros de Curitiba e Região Metropolitana, muitas delas disponibilizadas de forma gratuita. Espetáculos para as famílias, para os jovens, para os adultos, vindos de vários lugares do Brasil e do mundo. Nosso conselho é se arriscar, se permitir e aproveitar a grande diversidade e tendências de apresentações que o Fringe proporciona para a cidade, pois o Festival de Curitiba é um evento para todos”, finaliza.
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