O espetáculo “Enquanto Somos Humanos”, uma criação da coreógrafa Michelle Moura e do performer Maikon K, faz suas últimas apresentações em Curitiba dias 23, 24 e 25 de agosto, às 20h, no Teatro José Maria Santos. Na dramaturgia são abordados temas como automatismo, modos programados de responder às coisas, emoções, sexualidade, controle e vigilância.
Foto: Rosano Mauro Jr.
O espetáculo é resultado do projeto contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018, e é composto pelo espetáculo de dança, oficinas e mesa redonda relacionados à arte, tecnologia e consciência.
Em um espaço preparado, dois corpos experimentam um ao outro e as coisas ao seu redor, em uma jornada de aprendizado e erro, normalidade e estranhamento. Em um laboratório ou sala de teste, imagens se montam e desmontam. A experimentação traduz uma análise comportamental, manutenção da ordem, controle químico e estranhas simbioses.
Apesar de ser a primeira vez em que trabalham juntos, ambos os artistas investigam há anos temas como a alteração de consciência, os limites entre humano e não-humano, mitologias, construção de realidades e produção de sensações. Neste projeto, criam uma experiência em dança que questiona o espectro do que é ser humano.
De acordo com os artistas, em suas pesquisas de movimento, buscam formas de alterar a lógica cotidiana do corpo, gerando falhas de programação e leitura. Michelle acessa e compartilha diferentes estados de consciência, por meio da dança, e se encontra com a busca de Maikon por um corpo xamânico, que dilui fronteiras entre humano e outras formas de vida. O desafio do projeto é liberar as diferenças para manter a diversidade, sem homogeneizar tudo em um só tipo de linguagem. Como são dois artistas que têm uma série de trabalhos solo, querem descobrir novos modos de criação em parceria, construindo uma obra que só é possível a partir desse encontro.
O espetáculo conta com trilha original e design de som que dão ênfase à captação e modulação das vozes dos artistas em tempo real. Criadas pelo dinamarquês Kaj Duncan David, músico que trabalha com a relação entre imagem e som, as composições são pensadas como ações performáticas. O cenógrafo Fernando Marés projetou o espaço como algo modulável e sujeito a mudanças e os objetos como extensões e evoluções de nossos corpos e anatomias. O público experimenta uma relação de proximidade com os artistas.
Nadja Naira cria o design de luz, gerando atmosferas e espacialidades. Faetusa Tezelli assina o figurino, pensando em geometrias, volumes e a construção de uma identidade contemporânea difusa, que não se encaixa em uma estética única para fundir pedaços e códigos culturais diversos. Outro colaborador é Alex Cassal, na consultoria de dramaturgia. Michelle e Maikon fizeram residência de uma semana com o coreógrafo Alejandro Ahmed e uma vivência com o xamã Rudá Iandé.
Ficha técnica
Criação e performance: Michelle Moura e Maikon K
Som: Kaj Duncan David
Luz: Nadja Naira
Cenário: Fernando Marés
Figurino: Faetusa Tirzah
Consultoria em dramaturgia: Alex Cassal
Produção: Greice Barros (Núcleo Produções Cultura e Desenvolvimento)
Assistência de produção: Isabele Orengo e Janaína Micheluzzi
Acompanhamento de processo: Alejandro Ahmed e Rudá Iandé
Design gráfico: Adriana Alegria
Direção de Imagem: Rosano Mauro Jr.
Fotografia: Murilo Lazarin
Assistência de Fotografia: Vitor Dias
Conteúdo de Mídias Sociais e Apoio na Assessoria de Imprensa Local: Luisa Bonin (Platea Comunicação e Arte)
Realização: ICA – Associação Instituto Circo Artístico
Apoio: Rumos Itaú Cultural 2017-2019
Assessoria de imprensa local: Luísa Bonin | Platea Comunicação e Arte
SERVIÇO:
Espetáculo Enquanto Somos Humanos
Dias 23, 24 e 25 de agosto (de sexta a domingo)
Às 20h
Local: Teatro José Maria Santos
Rua Treze de Maio, 655, São Francisco
Classificação indicativa: 16 anos
60 lugares
Inteira: R$ 20
Meia-entrada: R$10
Ingressos a venda: https://bit.ly/2YtyQZE
Mesa Ser humano: que ficção é essa?
Dia 21 de agosto
Às 19h
Local: Teatro José Maria Santos
Rua Treze de Maio, 655, São Francisco
Classificação indicativa: 14 anos
167 lugares
Entrada gratuita, não é necessário inscrição.