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Toca Cultural

Solar do Rosário participa da Bienal de Curitiba com exposição inédita de Fernando Velloso e Mariana


Um dos grandes artistas plásticos do Paraná em atividade, Fernando Velloso se reúne com a jovem fotógrafa Mariana Canet para uma exposição inédita. A mostra “As Fronteiras entre pintura e fotografia” contou com a curadoria de Fernando Bini e organização de Regina Casillo, e foi criada especialmente para o Circuito de Galerias da Bienal Internacional de Curitiba. Fica em cartaz no Solar do Rosário (Rua Duque de Caxias, 4 - Centro Histórico), até 17 de novembro de 2019.

Prestes a completar 90 anos, Fernando Velloso expõe junto com Mariana Canet pela primeira vez. A jovem artista, por sua vez, iniciou na fotografia documental e desde 2012 se dedica à fotografia fine art. Ambos aliam conceitos da abstração em seus trabalhos, o que se torna ponto de partida para a exposição. Velloso, destacando a cor e construção do espaço na tela, Mariana com o conceito da macrofotografia. "O encontro entre Fernando e Mariana foi casual, mas abriu perspectivas no trabalho de ambos e é isto que estamos vendo agora", comenta Bini.

Segundo a galerista Regina Casillo, fundadora do Solar do Rosário e organizadora da mostra, “são artistas que aparentemente pertencem a dois mundos diferentes mas que estão unidos, sem dúvida, por uma forte conexão da arte como reflexão e sentido de vida.”

Encontro de gerações

Formado pela primeira turma da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, o curitibano Fernando Velloso teve como mestre Guido Viaro. Passou a virada da década de 1960 em Paris, onde estudou com André Lhote. Entre os espaços que abrigam suas obras, está o Musée d'Art Moderne de La Ville de Paris, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e o Museu de Arte Moderna de Florianópolis, entre outros. Contabiliza mais de 300 mostras, passando pelo Brasil, Alemanha, Suíça, China, México, França, Estados Unidos e Paraguai.

A busca pela abstração como um novo entendimento da organização do espaço é uma constante de seu trabalho. "Velloso tem a consciência clara que o espaço da tela não é um espaço de ilusão, é um espaço de inscrição, de linguagem, de transformação da natureza vivida e sentida na pintura", aponta Bini.

Mariana Canet, nascida em 1983 (53 anos depois de Velloso), iniciou a carreira em marketing, logo abandonada pela paixão por fotografia. Fez trabalhos documentais em Camboja, Sri Lanka e Vietnã, antes de buscar a figura abstrata em seus registros. "Abstração, para Mariana, é esta visão do real através do corte feito pelo enquadramento da objetiva dos mais diversos materiais. Ela tem um olhar mais pictórico do que fotográfico, que estimula a imersão do espectador nas formas e cores", Bini destaca.

O trabalho da fotógrafa com fine art foi iniciado por Mariana em 2012 em Londres, onde expôs sua primeira coleção. Ela também já realizou mostras nas embaixadas brasileiras de Londres e de Madri, além de espaços curitibanos como o Museu Oscar Niemeyer e no Museu Guido Viaro, e participou da Bienal Internacional de Curitiba em 2015 e 2017.

Curadoria

As obras apresentadas foram selecionadas pelo olhar atento do conceituado crítico e curador Fernando Bini. Mestre em Letras e especializado em diversas áreas, de História da Arte a Estética e Tecnologia, estudou tanto em conceituadas universidades de Curitiba como na Universidade de Paris VIII. Atuou como diretor do museu da Imagem e do Som do Paraná e é membro da Associação Internacional de Críticos de Arte. Também já atuou no Conselho do Museu de Arte Contemporânea do Paraná e do Conselho Cultural do Museu Oscar Niemeyer.

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