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Toca Cultural

Segunda, dia de “pogar” com Bad Religion e The Offspring


Bandas veteranas do punk rock californiano incendiaram a Live Curitiba em pleno início da semana. | Show em plena segunda-feira, ninguém merece! Pois olha, as quase 5 mil pessoas que saíram extenuadas (e extasiadas) da Live Curitiba após os shows das bandas californianas Bad Religion e The Offspring acham que mereceram sim. Foi uma noite de lavar a alma (de alegria, suor, água e cerveja), com direito a roda de pogo – principalmente na apresentação do Bad Religion –, crowd surfing, bolas coloridas na plateia, tudo detonado pela energia juvenil do punk rock das duas bandas – ainda que a primeira tenha 40 e a segunda 35 anos de estrada. Com ingressos esgotados há vários dias, o Bad Religion entrou no palco às 21h15 e já emendou o seu maior clássico: “21st Century (Digital Boy)”, do álbum Against the Grain, lançado em 1990. Imediatamente se formou a primeira roda de pogo, seguida por várias outras em pouco mais de uma hora de show. Conduzido por três integrantes da formação original – o vocalista (e também antropólogo e professor de Geologia) Greg Graffin, o guitarrista Brett Gurewitz e o baixista Jay Bentley –, o Bad Religion soltou uma porrada atrás da outra, enquanto a plateia enlouquecia. A única exceção foi a climática “The Dichotomy”, do segundo disco, o bizarramente progressivo Into the Unknown, de 1983 – não por acaso, o mais malsucedido da banda. Aqui teve pausa no pogo para comprar cerveja. Mas a pancadaria foi retomada na sequência, com “Recipe for Hate”, faixa-título do clássico álbum de 1993. Os discos mais representados no setlist de 24 músicas foram o mais recente, Age of Unreason, lançado este ano, e No Control, de 1989, com quatro músicas cada. No mais, punk rock cru e honesto distribuído por 13 discos da banda, enquanto a galera “se quebrava” na pista.

Assista aos melhores momentos:

The Offspring Autores da música mais baixada da história da internet, com mais de 22 milhões de downloads em 10 semanas – “Pretty Fly (for a White Guy)” –, o Offspring subiu ao palco pontualmente às 23h, com a faixa-título deste disco, Americana, de 1998. Na sequência, os californianos liderados pelo vocalista e guitarrista Dexter Holland alternaram os seus muitos hits, principalmente os de Americana e do disco Smash, de 1994 – com cinco canções de cada um.

A sequência final, aliás, foi arrasadora: “Why Don’t You Get a Job?” (de Americana) – quando foram lançadas grandes bolas coloridas na plateia –, “(Can’t Get my) Head Around You” (de Splinter, de 2003), a já citada “Pretty Fly” e “The Kids Aren’t Alright” (também de Americana), “You’re Gonna Go Far, Kid”, de Rise and Fall, Rage and Grace, de 2008, e o grand finale com o hit “Self Esteem”, de Smash.

Assista a alguns trechos do show:

Outro belo momento foi a versão intimista de “Gone Away”, de Ixnay on the Hombre, de 1997, com Dexter Holland ao piano. E a galera também se esbaldou com dois covers escolhidos a dedo e super bem tocados: “Whole Lotta Rosie”, do AC/DC, e “Blitzkrieg Bop”, do Ramones. Nada mau para uma noite de segunda-feira!

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