Texto explora a relação entre corpo e cidade.
![DERIVA | Foto: Carol Castanho](https://static.wixstatic.com/media/20653c_7210111a2bf04592bb41011e54af95b7~mv2.jpeg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/20653c_7210111a2bf04592bb41011e54af95b7~mv2.jpeg)
Deriva, novo espetáculo da Súbita Companhia, estreia dia 20 de fevereiro no Teatro Zé Maria. A temporada segue até 2 de março - de terça a sexta, 20h, sábados com sessões duplas, às 17h e 20h e domingos, às 17h. A entrada é gratuita, com ingressos distribuídos na bilheteria do teatro 1h antes das sessões. A peça abre as comemorações de 18 anos de trajetória da Súbita Companhia.
Com dramaturgia de Maíra Lour e Pablito Kucarz, Deriva se monta entre as relações do corpo, da palavra e das imagens atravessadas pela fúria da cidade com sua brutalidade, beleza, intensidade, contradições e disputas de narrativas. A direção é de Maíra Lour, no elenco estão Dafne Viola, Flávia Imirene, Nathan Gabriel, Pablito Kucarz e Patricia Cipriano.
Deriva nos convida a percorrer um trajeto no centro histórico de uma cidade. Dentro da paisagem, tomamos o tempo para observar, perceber os detalhes e reconhecer as narrativas que se sobrepõem. Somos atravessados pela cidade enquanto caminhamos sobre o asfalto que cobre os rios que passam debaixo dos nossos pés. Nas encruzilhadas, o encontro entre sankofas e azulejos portugueses, lixo e árvores centenárias, coisas e gentes. Refletidos na vitrine das lojas nos percebemos inseridos nesse lugar que nunca para. Uma tempestade se anuncia.
![DERIVA | Foto: Carol Castanho](https://static.wixstatic.com/media/20653c_067792349c994c3d86314ffe37a73c6f~mv2.jpeg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/20653c_067792349c994c3d86314ffe37a73c6f~mv2.jpeg)
A criação da peça é resultado de estudos do grupo sobre a relação entre o corpo e a cidade. O corpo como território de experiências e sua relação com a paisagem, o espaço, o que está em volta. A partir da afirmação do geógrafo Milton Santos: "O centro do mundo está em todo lugar, o mundo é o que se vê de onde se está", a Súbita Companhia iniciou leituras, derivas e vivências no espaço urbano. Para esta cartografia coletiva de afetos o grupo convidou Carla Kinzo, Sol Faganello e Ivan Haidar para residências imersivas com elenco e direção para colaborar com o pensamento e a prática sobre o corpo, a palavra e as tecnologias buscando traduzir a própria cidade sobre os corpos dos artistas em cena.
A cidade é uma experiência múltipla, plural, híbrida, adaptável e mutável. Experimentar o desafio do passo lento em contraponto a velocidade e a pressa contemporânea, para assim suspender o espaço-tempo na tentativa de ousar, de ir contra a norma e assim tentar desvendar o enigma, de não ser devorado pelo estabelecido. Mover os centros do mundo para a experiência da percepção do corpo considerando que o espaço é uma relação fundada na ação. O corpo se espacializa e se historiciza em relação com as coisas e os outros. A cidade vive por meio dos corpos dos sujeitos e de suas individualidades.
A pesquisa de linguagem cênica da Súbita Companhia considera o corpo como lugar de atravessamento de questões poéticas, políticas e estéticas. É a partir do corpo que o grupo entende a criação em dramaturgia e encenação contemporâneas e assim traça interesses e desejos artísticos.
A dramaturgia do espetáculo será publicada pela la lettre e estará à venda durante toda a temporada.
![DERIVA | Foto: Carol Castanho](https://static.wixstatic.com/media/20653c_9b34130efd25447689592a19259234ab~mv2.jpeg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/20653c_9b34130efd25447689592a19259234ab~mv2.jpeg)
O projeto de criação da dramaturgia do espetáculo foi realizado através do Edital PNAB Fomento (Aldir Blanc II) da Fundação Cultural de Curitiba e o projeto de montagem através do Programa FUNARTE de Apoio a Ações Continuadas, no qual a companhia foi contemplada no biênio 2024-2025.
SERVIÇO
DERIVA, da Súbita Companhia
De 20 de fevereiro a 02 de março de 2025
Terças, quartas, quintas e sextas, às 20h; sábados, às 17h e às 20h; domingos, às 17h.
Local: Teatro Zé Maria (Rua Treze de Maio, 655, Curitiba/PR)
Entrada gratuita (ingressos distribuídos uma hora antes das apresentações)
Classificação indicativa: 14 anos
*Apresentações com LIBRAS: 21 e 28/02 (sextas-feiras), às 20h
*Apresentação com Audiodescrição: 01/03 (sábado), às 17h
Informações: Fernando de Proença
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