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Trilogia "Grande Sertão: Veredas" estará no palco do Cena Hum, em Curitiba

Toca Cultural

Três espetáculos serão apresentados nos dias 21, 22 e 23 de março.

O Julgamento de Zé Bebelo – Crédito Renato Mangolin.jpeg
Gilson de Barros, em "O Julgamento de Zé Bebelo" | Foto: Renato Mangolin

O ator Gilson de Barros encena, pela primeira vez em Curitiba, nos dias 21, 22 e 23 de março, no Teatro Cena Hum, as três peças de sua Trilogia Grande Sertão: Veredas. O público poderá assistir às montagens dirigidas pelo renomado diretor Amir Haddad: na sexta-feira (21/03), Riobaldo – recorte dos amores na obra; no sábado (22/03), No Meio do Redemunho – recorte da dialética bem/mal, Deus/diabo; e, no domingo (23/03), O Julgamento de Zé Bebelo – panorama dos sistema de jagunços no sertão mineiro.

 

O projeto Trilogia Grande Sertão: Veredas teve início em 2020, com a estreia do espetáculo Riobaldo, que foiindicado ao Prêmio Shell 2022 nas categorias de Melhor Ator e Melhor Dramaturgia. Em 2022, foi a vez da segunda parte, No Meio do Redemunho , estrear e dar continuidade ao projeto. Em 2024, ocorreu a estreia de O Julgamento do Zé Bebelo no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Ano passado recebeu o Prêmio Arcanjo Especial, pelo conjunto da obra.

 

Desde então, o ator tem percorrido diversas cidades do Brasil, além de ter se apresentado internacionalmente em Portugal (Lisboa e Porto) e Colômbia (Bogotá), levando a rica literatura brasileira a plateias diversas.

“A montagem preserva a especificidade da linguagem poética de Guimarães Rosa, utilizando técnicas de interpretação narrativa que permitem uma imersão profunda na história, respeitando a riqueza linguística do autor.”, diz Gilson de Barros.
Gilson de Barros, em "O Julgamento de Zé Bebelo" | Foto: Renato Mangolin
Gilson de Barros, em "Riobaldo" | Foto: Renato Mangolin

“O espaço cênico minimalista, com poucos elementos visuais e sonoros, foi concebido para não sobrecarregar a narrativa, criando um ambiente propício para que o espectador se entregue à força da história e às questões universais que permeiam a obra.”, acrescenta o diretor Amir Haddad.

 

 

Guimarães Rosa pelo olhar de Amir Haddad e Gilson de Barros

 

Amir Haddad - @amirhaddadreal

 

Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira.

 

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.

 

Gilson de Barros - @gilsondebarrosator

 

Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro Grande Sertão: Veredas. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra.

 

O objetivo é traduzir a prosa Roseana para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei, mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem. Evoé!

 

No Meio do Redemunho – Foto Renato Mangolin.jpeg
"No Meio do Redemunho" | Foto: Renato Mangolin

SINOPSES

 

Riobaldo

Personagem central do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu em ‘homem de bem’.

 

No meio do Redemunho

 Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público). Nesse encontro, cheio de filosofia, ele conta passagens de sua vida e reflete sobre a dialética: bem e mal, Deus/diabo.  Na juventude, por amor a Diadorim, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto fáustico. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares, para questionar: “o diabo existe?”.

 

O Julgamento de Zé Bebelo

"O Julgamento de Zé Bebelo" retrata um dos momentos mais emblemáticos de "Grande Sertão: Veredas", onde um chefe jagunço, ao ser derrotado, exige um julgamento justo, desafiando as tradições violentas do sertão.

 

Serviço:

Trilogia: Grande Sertão: Veredas.

Dia 21/03 - sexta - 20h: Riobaldo – recorte dos amores na obra (Riobaldo e Diadorim).

Dia 22/03 - sábado – 20h: No Meio do Redemunho – recorte da dialética bem/mal, Deus/diabo.

Dia 23/04 - domingo – 19h: O Julgamento de Zé Bebelo – panorama dos sistema de jagunços no sertão mineiro.

 

Local: Teatro Cena Hum | R. Sen. Xavier da Silva, 166 - São Francisco, Curitiba

Ingressos: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia)

 

Capacidade: 140 lugares

Duração: 70 minutos

Classificação etária: 16 anos

 

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